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Sarau Literário está contando histórias em São Chico

Graças ao amor de Rodrigo Ruperti pela cultura, São Francisco de Paula atualmente tem um Sarau Literário, que acontece uma vez por mês. “O Sarau surgiu com a vontade de reunir pessoas de grupos diferentes mas com interesses em comum e que ainda não se conheciam. A cidade tem grupos de pessoas que defendem o meio ambiente, músicos, artesãos, gente do coral, professores, escritores, etc. e, participando de alguns destes grupos percebi que pessoas com interesses em comum ainda não se conheciam. Então a ideia de elaborar um Sarau sempre foi para reunir pessoas, promover encontros tendo a literatura e outras artes como elemento agregador”, conta Rodrigo.

Rodrigo Ruperti Esteves, tem 38 anos, é formado em Administração(UFRGS), pós-graduado em Relações Internacionais (UFRGS). Também é músico e apaixonado pelo mundo das artes. Recentemente se tornou o produtor do Sarau Literário em São Chico.

Foi conversando com amigos e conhecidos sobre um possível Sarau na cidade, que ele chegou no Felipe Guterres e na Cris, proprietários do Taylor’s Pub, em São Chico.

“Conversamos e o Felipe e a Cris decidiram abrir as portas para sediar o Sarau. Gostaram da ideia de oferecer um evento diferente da agenda Rock’n Roll, que é a identidade do Pub. Definimos a data e um horário fixo, o Sarau ocorre sempre na última quinta-feira de cada mês, iniciando pontualmente às 20h, com duração entre 1h e 1h30min. Após as leituras sempre tem uma apresentação artística ou canja musical de um artista convidado”, acrescenta Rodrigo.

O músico ainda frisa que o objetivo é resgatar a cultura do encontro entre pessoas para promover a arte. “Sempre senti falta e ouvia falar sobre eventos culturais que aconteciam na cidade, mas que com a pandemia foram descontinuados. Com a percepção de que a administração pública estava mais voltada para o turista, resolvi iniciar o Sarau Literário como evento popular para divulgar obras consagradas e dar espaço a novos artistas” fala ele.

A maior inspiração foi sem dúvidas o Sarau Elétrico, da Katia Summan, que acontece desde 1999, no Bar Ocidente, em Porto Alegre. “Resolvi adaptar o formato para adequar aos objetivos propostos, então convidei a Elen Oliveira e a Mariane Soares para me acompanharem na produção, divulgação e apresentação do Sarau. As principais diferenças, para o Sarau que nos inspirou, é a participação ativa do público, que traz sua leitura para ler aos presentes e, também, a não cobrança do ingresso. Deixamos que cada um faça uma contribuição espontânea, tornando assim o evento acessível a todos os públicos. Ainda que seja realizado em um Pub, incentivamos sempre a participação de crianças e adolescentes acompanhados dos pais”, complementa Rodrigo que se emociona com o evento a cada nova edição.

“Me chama atenção sobre o fato de as pessoas se mostrarem dispostas a ir e curtir um Sarau Literário, nos tempos de hoje, com tantos estímulos para que fiquem em casa, cada um na sua tela. Então o que estamos percebendo é um público crescente e diversificado a cada encontro. E dentre os momentos marcantes, temos a inauguração do evento, o palco aberto que deu espaço para estudantes artistas, as declamações de poesias próprias de escritores locais, a apresentação de dança indiana de uma professora com longa carreira, a luta contra a censura de obras literárias, os lançamentos de livros de escritores locais e de Rolante (os Amigos da Biblioteca)”, conta emocionado o produtor. “Encaro a promoção à leitura como uma batalha sofrida mas não perdida. Por mais que os aplicativos nos estimulem a ficarmos cada vez mais tempo em frente às telas, há um sentimento bom contido nos livros, e na leitura, que é insubstituível. Acredito que o hábito da leitura tenha um poder transformador, que pode ser individual, mas que se for compartilhado nutre as pessoas de esperança”, finaliza Rodrigo.

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