Quantos animais você tem em casa? Adotados ou comprados? Aqui em casa são seis gatos e seis cachorros adotados. Como não ajudar quem tanto precisa? O gasto mensal com ração e veterinário é sempre alto. Ainda procuro ajudar a Ong Amigos de Rua, daqui de São Chico, mas o dinheiro nem sempre estica até o final do mês.
Nos últimos cinco dias, as voluntárias da Ong Amigos de Ruas, tiveram suas caixas de mensagem tomadas por pedidos de ajuda para animais abandonados, machucados e atropelados. Cachorras com ninhadas largadas nas ruas, nestes dias tão frios. Assim como aqui em casa, as voluntárias da causa animal estão sem grana, esgotadas e cansadas de tanta ignorância quando o assunto é cuidar de um animal.
O ano é 2025 e o tempo da falta de consideração com os animais deveria ser passado. Os pets são seres sencientes, sentem frio, fome, sede e medo. Não objetos que podem ser descartados, mas vidas que merecem ser cuidadas. Ninguém é obrigado a ter um animal, mas se decidir ter um é preciso ter também responsabilidade. Além de tutores responsáveis, precisamos também de governos responsáveis.
É obrigação sim de um governo, a começar pelas prefeituras municipais, criarem uma política pública que proteja os animais abandonados e possa garantir seus direitos, promovendo o bem-estar animal e a saúde pública em geral. A implementação de políticas públicas adequadas e abrangentes é fundamental para combater o abandono e melhorar a vida de animais em situação de rua. É preciso que as prefeituras organizem campanhas de castração com veterinários qualificados, que alertem que abandono de animais é crime. Sim, abandonar animais é considerado crime de maus-tratos no Brasil, conforme a Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/98. A pena para quem comete este crime pode variar de 2 a 5 anos de detenção, além de multa, e há a possibilidade de proibição de nova guarda de animais.
Precisamos repetir tudo isto a todo instante, até que algo seja feito de concreto, até que ações de valor sejam instituídas. Não deixem as protetoras da causa animal sozinhas. Se elas ficarem sem apoio, quem mais sofre são os animais, que já se tornaram invisíveis para muitos, principalmente para o Poder Público.