Atualmente o mundo vive um tipo de manifestação que acontece quando muitas pessoas ignoram as pessoas que estão à margem da sociedade, causada pelo preconceito e vários tipos de desigualdade, como racial, econômica, regional e de gênero. São tantas diferenças que levam a falta de oportunidades para diversas raças e grupos, faltando acesso à educação, saúde e cultura. Ela pode ter várias consequências para as pessoas como a aceitação da condição de “ser um ninguém”, desprezo, negação de direitos, como acesso à saúde e benefícios sociais, deixando o “invisível” vulnerável a doenças. Consequências para a sociedade como desemprego, pobreza e fome. Outros fatores que contribuem para a invisibilidade passam principalmente pela falta de conscientização da população. As minorias afetadas são moradores de rua, trabalhadores em regime de escravidão e a maioria sem remuneração e registro civil. Com isso tudo o capitalismo cada vez cresce mais no mundo, principalmente nos países onde existem os chamados “cinturões de pobreza”. No terceiro setor atuam várias ONGS no amparo dessa classe despercebida, inclusive recebendo recursos públicos até do exterior e, embora com prestação de contas, existem inúmeros casos de desvio e corrupção, além de algum pequeno grupo de voluntários (remunerados ou não) defenderem essa causa e na prática fazerem o oposto.
Não é de hoje que muitos intelectuais citam em suas obras a invisibilidade social, José Saramago, por exemplo: “Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vêem, cegos que, vendo, não veem”. Uma bela reflexão que deveria ser revisitada por muitos dos hoje chamados “influenciadores sociais”, que escondem seus preconceitos em personagens, em máscaras de várias faces para ampliar seus seguidores e comercializar produtos. Se tivéssemos que escolher uma definição de invisibilidade social hoje, eu a definiria que invisível não é aquele que não é visto ao olho humano, invisível é quem nos mostra verdadeiramente o que é.
Foto: Xadalu Jekupé