A exposição POESIA, ÍNDIA mostra um pouco da magia de uma das mais antigas e tradicionais culturas da humanidade, para despertar uma reflexão sobre as semelhanças que nos aproximam a todos nós como seres humanos em nossas essências.
A abertura será no dia 21 de agosto, às 19h30, no Hall inferior do Campus 8-UCS, Avenida Frederico Segala, 3099, Bairro Samuara (RS 122 Km 69) – Caxias do Sul – RS. A mostra ficará aberta à visitação até o dia 10 de setembro, das 8h às 22h.
As imagens foram captadas pela jornalista Vera Mari Damian numa viagem de turismo e estudos ao longo de 40 dias pela Índia, no ano de 2016, principalmente pelo estado do Rajastão, região onde a cultura tradicional indiana está mais preservada.
A partir de um acervo de milhares de imagens, a mestre em fotografia, Liliane Giordano, compôs uma esmerada curadoria que inclui aspectos artísticos, arquitetônicos, culturais e religiosos da Índia.
A pátria dos tecidos
Ao invés do meio papel, o tecido foi eleito para a apresentação das imagens em 22 painéis de até 150cm x 100cm, através da técnica de impressão por sublimação. A escolha do meio têxtil é uma referência à identidade da Índia como a pátria dos tecidos, das estamparias, dos tingimentos, do design e da exuberância das cores.
Sobre os painéis de fotos impressas em tecido foram feitas intervenções artísticas de bordados livres e de macramé pela artista/artesã Susete Roveda, integrante do grupo Imigrantes Della Montagna.
Os textos que acompanham as imagens são fragmentos do grande poeta indiano Rabindranath Tagore e de Mahatma Gandhi, cuja vida é um exemplo de poesia na luta pela liberdade da Índia. Os textos também foram impressos em tecido e receberam intervenções artísticas do designer Ernani Carraro.
A exposição POESIA, ÍNDIA foi viabilizada através de recursos da Lei Paulo Gustavo. É uma realização da Área de Conhecimentos de Artes e Arquitetura da Universidade de Caxias do Sul, Secretaria Municipal de Cultura de Caxias do Sul e Ministério da Cultura do Governo Federal.
A exposição integra a 17ª Semana da Fotografia. A abertura terá a participação do músico Guido Bracagioli com apresentação de cítara – instrumento musical indiano – e flauta transversa.
Toda a exposição conta com audiodescrição para deficientes visuais.
Índia e índigenas
Os bambus rústicos que servem de suporte aos painéis foram escolhidos como opção de um material renovável que substitui a madeira e como uma homenagem à nação Guarani, povo originário do Brasil que foi irmanado ao Oriente ao ser chamado de índio (indígena), por conta de um suposto erro de navegação.
Os guaranis medem seu tempo de vida pelo ciclo das taquaras (bambu em tupi-guarani). A taquara é uma espécie de bambu nativa exclusiva da América do Sul e tem um ciclo de vida de 30 anos. Um modo, dos guaranis contarem a idade da pessoa, é dizer quantas taquaras ela tem. Se tem 30 anos, diz que tem uma taquara, se tem 60, duas.
Sobre a fotógrafa
Vera Mari Damian é jornalista diplomada e atua na área há mais de 40 anos. Já realizou diversas viagens profissionais para reportagens e estudos sobre a cultura e ecologia de diferentes locais e países.
Em 2016 participou na Índia do Kumbh Mela, considerado o maior festival de peregrinação do mundo com cerca de cem milhões de participantes.
Era o início dos registros de imagens de sua “peregrinação” pela Índia que, ao longo de 40 dias, incluiu inúmeras outras cidades e regiões.
Sobre a curadora
Liliane Giordano é mestre em Educação: arte, linguagem e tecnologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e graduação em Fotografia pela Universidade de Caxias do Sul. É diretora da Sala de Fotografia.
Atua como curadora independente, tendo trabalhado em grandes exposições fotográficas de Caxias do Sul, e é uma das organizadoras da Semana da Fotografia.
