Autoridades sanitárias pedem conscientização e ajuda da população para combater focos do mosquito.
São Francisco de Paula não foge à regra e hoje é um município infestado pelo Aedes Aegypti. Nos últimos 12 meses houve coleta de larvas do mosquito em regiões diferentes da cidade. De acordo com a agente de Combate à Endemias, Mirela dos Reis Pinto, a boa notícia é que em 2023 ainda não foi registrado nenhum caso suspeito da doença na cidade. Agentes de endemias da secretaria de Saúde do município tem feito visitas a imóveis para o controle de focos.
No Estado, a situação é mais complicada. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmou o terceiro óbito por dengue no ano. A vítima foi uma mulher, de 44 anos, moradora de Gramado, que apresentava comorbidades.
No ano, o Rio Grande do Sul registra 3,7 mil casos confirmados da doença, dos quais 3.389 são autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado, com os demais sendo importados.
Em 2022, o RS registrou seus maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil casos importados. Ao todo, no ano passado, foram 66 óbitos.
Avanço de casos:
Conforme o comunicado de risco semanal das arboviroses publicado pelo Cevs, o Estado vem apresentando ascensão na incidência de casos notificados de dengue. O município de Encantado representa hoje 26,8% dos casos confirmados do RS e apresentou 51,3% de aumento de casos confirmados nas últimas duas semanas. Ijuí e Porto Alegre são o segundo e o terceiro do estado com o maior número de casos, respectivamente, com aumentos de 102,7% e 137,2% de casos nas últimas duas semanas. Além disso, 23 municípios que até meados de março não possuíam casos, tiveram confirmação nas últimas duas semanas.
Dicas a população:
Recomenda-se que a população procure um serviço de saúde diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com as arboviroses. Os principais sintomas são febre alta de 39°C a 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. É importante a conscientização dos moradores, com a revisão das áreas interna e externa de casas ou apartamentos e a eliminação dos objetos com água parada. São ações que impedem a proliferação do mosquito.
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